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Povo de Medjugorje

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Onde fica Medjugorje? Quem são os seus habitantes e como são?

 

Uma pequena paróquia católica, desconhecida do mundo, profundamente oprimida por um regime totalitário ateu, foi escolhida para aceitar o convite divino de se reconciliar com a sua História ancestral e com os vizinhos de outras religiões, cujas raizes eram comuns.

Medjugorje se situa na Federação da Bosnia-Hezergovina, onde vivem católicos, muçulmanos e cristãos ortodoxos.

Somente após vinte anos da primeira aparição é que ousamos dizer que os céus desceram à terra para erradicar os preconceitos religiosos, raciais e sociais impostos por aqueles que detêm o poder mundano e que se opõem ao poder salvador de Cristo.

Além disso, a Virgem Santa, veio alertar-nos para o perigo do materialismo dissoluto que nos conduz diretamente ao ateísmo prático, dia após dia, durante quase duas décadas, Nossa Senhora convidou-nos a unirmo-nos a uma ação de redenção universal para salvar a Humanidade, assumindo-se como Mãe de todos os povos, tal como anunciou em Fátima, em 1917.

A Igreja não nos obriga a acreditar em nenhuma das aparições marianas. Porém, é bom saber que o papa João Paulo II seguiu atentamente os acontecimentos de Medjugorje e que os respeita, pessoalmente.

A paróquia de Medjugorje situa-se na região ocidental da Bos­ta Hcrzegovina, ao sul de Mostar. É composta por cinco pequenas aldeias: Medjugorje, Bijakovici, Vionica, Miletina e Surmanci. Situa-se no distrito de Citluk. Os seus habitantes são os croatas e rodeados de nações eslavas, os croatas adotaram uma linguagem e costumes próprios, bem como uma religião monoteísta.

Depois de se converterem ao cristianismo, os croatas juraram ao apóstolo São Pedro que nunca mais conquistariam outros países e que viveriam em paz com as nações vizinhas que estavam dispostas a fazer o mesmo, salvaguardando o direito de se defenderem em nome de Cristo caso fossem atacados. A fé na Igreja Católica e a lealdade ao Papa, o sucessor de São Pedro, é um dos traços que mais distingue os habitantes de Medjugorje, quase como se tivessem sido eles a fazer o juramento perante o Papa, em Roma, há treze séculos.

A província franciscana de Assunção foi estabelecida em Mostar em 1982. No mesmo ano, foi ali fundada a paróquia de Medjugorje. A primeira coisa que os monges fizeram foi construir uma igreja, mas infelizmente não escolheram o melhor terreno. Tratava-se de um terreno que supostamente assentava sobre uma gruta, o que levaria ao abatimento do chão. Trinta anos depois, as paredes da igreja estalaram, a torre inclinou-se e a construção tornou-se instável. Assim, e durante anos, as missas foram celebradas ao ar livre no adro da igreja, durante o verão, e na cave do salão paroquial, durante o inverno.

Os habitantes de Medjugorje gozaram de liberdade religiosa apenasdurante vinte anos. Em 1914 teve início a Primeira Guerra Mundial. Os homens foram para a guerra, enquato os filhos, em casa, passavam fome. Finda a guerra, o Império Austro-húngaro desmembrou-se. Sob a proteção dos Aliados, foi criado o Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos e foi coroado o rei Alexandre, um sérvio cuja religião era a ortodoxa  oriental.

Durante os primeiros tempos da ex-Jugoslávia, a Igreja ortodoxa exerceuuma grande pressão sobre o clero católico para renunciar à Santa Sé e ao celibato.

Os católicos croatas da Herzegovina não estavam, certamente, dispostos a renunciar à sua identidade nacional e a uma fé que tinham preservado durante séculos com grande sacrifício. Orgulhosos, rebeldes, impulsivos recusaram-se a submeter-se e repeliram os ataques sofridos mantendo-se unidos. Foram também vítimas da fome, que era um dos maiores flagelos daquela época de crise mundial genera­lizada.

Certo sacerdote, o padre Bernardin Smoljan, que viveu as agru­ras da fome e da pobreza, numa tentativa de unir os seus paroquianos exaustos, prometeu erigir uma grande cruz no monte Sipovac., para co­memorar os 1900 anos da paixão e morte de Jesus. Com este gesto, tencionava consagrar a sua paróquia a Cristo, o Salvador do mundo, protegendo-a assim de todos os males, incluindo o granizo que muitas vezes destruía as vinhas e as plantações de tabaco.

Os paroquianos concordaram e, muitos deles a pé e descalços, transportaram sacas de cimento, barras de ferro e vigas de  madeira, en­tre outras coisas, até ao sopé do monte, que tinha 537 metros de altura. Desde então, o monte Sipovac passou a chamar-se Krizevac. Os mestres Ante-Redzo Dugandzic, de Miletina e Nikola Vasilj-Grlic ergueram então uma cruz com dez metros de altura. Algumas relíquias sagradas, que faziam parte da cruz de Cristo, foram trazidas especialmente de Roma e colocadas na interseção da Cruz. No dia da consagração, toda a paróquia subiu a montanha rumo à cruz trilhando um caminho rochoso, por entre espinheiros, onde cresciam a salva e os freixos. Rezaram o terço e cantaram a Nossa Senhora. O padre da paróquia abençoou a cruz e o padre Grgo Vasilj, nascido em Maljugorje, celebrou a primeira missa. Desde então, todos os anos, em setembro, celebra-se a Santa Missa em Krizevac.

Desde o início, verificaram-se muitas peregrinações silenciosas. Sempre que alguém se sentia vacilar, dirigia-se ali. Havia quem fosse até à cruz de joelhos, por cima de pedras afiadas. Na véspera do Dia de São João, em 1937, o padre Jenko Vasilj, assassinado alguns anos depois, durante a guerra, celebrou uma missa em honra da Virgem.

Chegou, então a Segunda Guerra Mundial, mais terrível que a pri­meira, que se transformou numa guerra civil entre o antigo reino da Jugoslávia. O antagonismo entre croatas e sérvios alcançou o auge.

Imediatamente após a guerra, centenas de sacerdotes foram executados na Bósnia-Herzegovina. O padre da paróquia que fora direta­mente responsável pela construção da Cruz Votiva de Medjugorje foi morto em Mostar, juntamente com o padre Grgo Vasil.

Medjugorje perdeu 368 habitantes na guerra. Muitos emigraram.

Depois da guerra, o Partido Comunista revelou imediatamente o seuverdadeiro rosto, abolindo o catecismo nas escolas.

A nova ordem social, que era obra do anticristo, baseava-se supostamente na liberdade dos trabalhadores que tinham a garantia de viver em fraternidade e harmonia à custa da perseguição daqueles que  usavam a cabeça..O verdadeiro objetivo oculto era o de criar gerações de gente dependente e obediente que vivesse constantemente no medo e na desconfiança, deixando-se assim controlar mais facilmente.

A coexistência entre católicos e ortodoxos na ex-Jugoslávia do pós-guerra não era fácil, dado que os católicos locais eram devotos de Jesus Cristo, de Nossa Senhora e da sua religião. O regime comunista tentou quebrar esta fé tão firme e perseguiu, torturou prendeu muita gente da diocese de Mostar-Duvno, à qual pertence à paroquia de Medjugorje.

 Nos momentos mais difíceis de tentação, as mulheres consagravam a Jesus e a Maria as suas famílias. Subiam muitas vezes ao monte Krizevac, descalças e com o terço nas mãos. Discretamente e em silêncio, subiam a montanha com a estranha convicção de que Cristo  livraria de todo o mal e salvaria a elas e às suas famí­lias, pela força da Cruz. Rezavam novenas e jejuavam às sextas-feiras em honra de Jesus e, por vezes, às terças-feiras para invocar o auxílio de Santo Antônio.

Os anos passaram e a igreja cuja construção começara imediatamente antes da guerra não tinha passado dos alicerces. Os habitantes de Medjugorje candidataram-se insistentemente para obter autorização |para  prosseguir com a construção, mas todas as tentativas foram recusadas, até 1966.

Uma vez obtida a licença, todos os paroquianos participaram da construção: alguns entraram com a mão-de-obra, outros com dinheiro. A contribuição mais significativa foi o que veio daqueles que trabalhavam no estrangeiro e dos que tinham emigrado.

Foi assim que se construiu uma grande igreja com dois campanários. De ambos os lados da entrada principal, havia dez janelas que apontavam para o alto: um convite à contemplação de vinte séculos de cristianismo. No exterior, as paredes foram pintadas de azul e amarelo, enquanto  o interior irradiava uma claridade celestial por meio de três cores suaves: rosa, azul claro e amarelo claro, pintado de acordo com a tradição das pessoas simples. À semelhança da antiga igreja em ruínas, também esta era dedicada a Santiago, o patrono dos peregrinos e o me­diador entre Deus e os homens.

 

            A própria escolha do patrono da paróquia foi uma inspiração di­vina. Santiago Maior, o apóstolo mártir, abandonara tudo para seguir Cristo. Com a sua força e coragem, o apóstolo conseguiu converter o homem que o levou até ao local onde foi decapitado sob as ordens do rei Herodes. As suas cinzas foram levadas para Espanha e durante séculos os peregrinos visitaram o seu túmulo em Compostela. Foi graças a estas peregrinações que Espanha conseguiu repelir os ataques dos sarracenos, mantendo-se assim como parte da Europa Cristã.

A bênção desta grande igreja era um objetivo sagrado para os habitantes da paróquia, que eram descendentes daquele povo ateu que se tornara cristão treze séculos antes. O povo sentia-se feliz por poder agradecer a Deus, dentro deste templo maravilhoso, todo o seu auxílio

e amor, e cantava louvores de todo o coração.

A vida era difícil em todas as aldeias da região de Medjugorje, mesmo em finais dos anos setenta. As pessoas plantavam penosamen­te o tabaco e e a vinha e apascentavam o gado em terrenos pedregosos. Quando os sinos tocavam ao meio-dia, as pessoas paravam com a enxada nas mãos e diziam em voz alta:

- Louvado seja Deus e Santiago.

Em seguida, faziam o sinal da cruz:

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Depois invocavam Nossa Senhora e rezavam um Pai Nosso e uma Ave Maria pelos defuntos que lhes tinham deixado tudo quanto possuíam.

Depois da oração, comiam a sua parca refeição e regressavam ao trabalho. Os habitantes de Medjugorje viviam oprimidos pelos problemas da mera sobrevivência. Não tinham tempo para pensar que a sua história de sofrimento era um espelho do sofrimento geral da Humanidade, em que cada ser humano assume sua quota-parte de responsabilidade quando, desviado pelo mal, esquece a sua consciência e deixa germinar as sementes da inveja, do ciúme, do ódio, da arrogância e da ganância.

Em 1980, vinte anos antes do fim do século passado, os habitantes de Medjugorje estavam longe de imaginar que Nossa Senhora surgiria subitamente no meio deles e que os chamaria a converter-se, que lhes pediria que orassem e jejuassem, pois essa era a única forma de alcaçarem a tão desejada liberdade e de afastarem os perigos, mesmo o perigo de uma guerra iminente, que lhes era totalmente desconhecida.

Estavam longe de sonhar que a Senhora os visitaria, exaltando-lhes o coração com as suas doces palavras:

- Meus queridos filhos, escolhi a vossa paróquia por uma razão especial.

Alguma vez esta gente imaginaria que a sua pequena aldeia viria ser inundada por uma torrente incessante de peregrinos, vindos de todo o  mundo? A sua paróquia e a sua igreja seriam visitadas por estadistas príncipes, prelados, gente de outras religiões, diplomatas, escritores cientistas, simples crentes e centenas de enfermos em busca de consolo e de esperança para os seus sofrimentos e dores.

            Ninguém imaginaria que a sua pequena aldeia seria visitada por milhões de peregrinos, e que esses mesmos peregrinos partiriam com o rosto iluminado pela felicidade, preparados para testemunhar, em  centenasde línguas diferentes, a forma como tinha encontrado Deus por intermedio  da oração, em Medjugorje, a paz indescritível alcançada pela sua alma, uma paz capaz de alastrar a todo o mundo.

Corno poderiam eles saber?

 

Do livro O Chamamento de Nossa Senhora em Medjugorje